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IPCA: O que é, Como é Calculado, Impactos e mais

IPCA: O que é, Como é Calculado, Impactos e mais

Você pode não saber qual a porcentagem do IPCA hoje, mas provavelmente sabe o que é inflação e que ela impacta bastante a nossa vida. O IPCA está diretamente relacionado à inflação, mas o cálculo dele e suas consequências são tão complexos que podem gerar muitas dúvidas sobre o seu índice.


Elaboramos este artigo para te esclarecer as principais destas dúvidas. Aqui, nós explicamos o que é IPCA, como ele é calculado, a relação entre IPCA e a inflação, além de outros aspectos a respeito dela. Assim, continue com a mybest e saiba tudo sobre esse assunto que é tão importante!

Atualizado em 17/05/2024
Paulo Monfort
Supervisão
Planejador Financeiro CFP®
Paulo Monfort

Paulo Monfort é doutorando em business pela Universidade de Bordeaux, na França, e mestre em finanças pela Universidade de Paris-Sorbonne, onde recebeu o prêmio de destaque por sua pesquisa. Já atuou em grandes bancos, como Itaú e Santander, e também ajudou mais de mil famílias a investir melhor e tomar decisões financeiras inteligentes durante seus mais de 15 anos no mercado financeiro atuando como planejador financeiro e consultor de valores mobiliários certificado. É co-autor do livro “ESG - Pilares da Transformação Ambiental, Social e Governança", e pesquisador de investimento sustentável, ESG e behavioral finance. Além de fundador e planejador financeiro na Fort Capital e professor e coordenador da escola de negócios IBMEC, onde leciona finanças nos cursos de MBA. Conheça mais sobre o Paulo no Instagram, LinkedIn e em seu site.

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Taylon Padilha Nizer
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Taylon Padilha Nizer

Entre produções, revisões e atualizações, já trabalhei em mais de 100 textos na mybest. Isso me possibilitou ampliar meus conhecimentos sobre múltiplas temáticas, sempre visando assegurar ao leitor um artigo de qualidade. Sou formado em licenciatura em teatro. Minha paixão por roteiro e dramaturgia proporciona uma união entre estas distintas áreas, resultando em textos cada vez mais fluidos e cativantes.

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Índice

Conteúdo Revisado e Comentado pelo Planejador Financeiro CFP® Paulo Monfort

Conteúdo Revisado e Comentado pelo Planejador Financeiro CFP® Paulo Monfort

Planejador Financeiro CFP® Paulo Monfort (CFP® 12660)


Paulo Monfort é doutorando em business pela Universidade de Bordeaux, na França, e mestre em finanças pela Universidade de Paris-Sorbonne, onde recebeu o prêmio de destaque por sua pesquisa.


Já atuou em grandes bancos, como Itaú e Santander, e também ajudou mais de mil famílias a investir melhor e tomar decisões financeiras inteligentes durante seus mais de 15 anos no mercado financeiro atuando como planejador financeiro e consultor de valores mobiliários certificado.

É co-autor do livro “ESG - Pilares da Transformação Ambiental, Social e Governança", e pesquisador de investimento sustentável, ESG e behavioral finance. Além de fundador e planejador financeiro na Fort Capital e professor e coordenador da escola de negócios IBMEC, onde leciona finanças nos cursos de MBA.

Conheça mais sobre o Paulo no Instagram, LinkedIn e em seu site.


*Os produtos listados no ranking foram selecionados pela redação da mybest.

O Que É IPCA?

O IPCA é um dos principais índices que medem a inflação no Brasil. Criado em 1979, o significado de IPCA é Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Ele busca avaliar a variação de preços de uma cesta de produtos para a população mês a mês, tentando abranger 90% da população urbana do país.


Quem calcula o IPCA é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, e é utilizado pelo Banco Central e pelo governo federal para alterar as taxas de juros. O resultado do IPCA indica se, em média, os preços dos produtos aumentaram, diminuíram ou permaneceram constantes de um mês para o outro.

Como o IPCA É Calculado?

Como o IPCA É Calculado?

O IPCA é calculado mensalmente pelo IBGE e tudo começa com uma pesquisa de preço que abrange os principais centros urbanos do país. O órgão investiga, diariamente, os preços de cerca de 400 produtos e serviços, coletando por volta de 400 mil preços por mês em aproximadamente 30 mil estabelecimentos.


A partir desses dados coletados, é feita uma média ponderada da alteração dos preços mês a mês. Nela, cada região tem um peso diferente a depender do volume de sua população e de sua importância econômica. Além disso, diferentes setores também têm diferentes pesos.


A alimentação, por exemplo, é o setor com maior peso, equivalendo a cerca de 25% do índice IPCA hoje. Com essa média ponderada, os dados a nível nacional referentes a produtos e serviços de diferentes setores são agregados, possibilitando uma mensuração das alterações de preço ao longo dos meses.


Vale ressaltar que os produtos e serviços analisados nesses índices são alterados ao longo dos anos, uma vez que o perfil de consumo mudou muito desde 1979, data de criação do índice. Assim, itens são excluídos, incluídos e alterados no cálculo a depender de sua importância para a população.

Quais São os Índices de Inflação?

Além do índice IPCA, hoje existem outros tipos de índices utilizados para mensurar a inflação do Brasil. Para te ajudar a saber mais sobre esse assunto, informamos quais são os principais desses índices e alguns detalhes sobre os seus respectivos cálculos. Veja com atenção:

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

É calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele demonstra as alterações dos preços de produtos agrícolas dos atacadistas aos varejos, ou seja: como os preços dos produtos variam até chegarem ao consumidor. Além do IPA, que é um índice geral, é possível encontrar outras variações dele. As principais são:


  • IPA-DI: os preços são verificados do dia primeiro ao dia final de cada mês
  • IPA-M: preços que são verificados do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do atual
  • IPA-10: os preços são verificados do dia 11 do mês anterior até o dia 10 do atual

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Também é calculado pela FGV. Realiza a coleta em 7 capitais e busca avaliar as alterações de preços em produtos do varejo obtidos por famílias que recebem de 1 a 33 salários-mínimos mensalmente. Ainda que semelhante, não abrange uma parte da população tão grande quanto o IPCA.

Índice Nacional de Preços da Construção Civil (INCC)

É mais um índice calculado pela FGV, mas com o foco de mensurar a variação de preços na construção civil. Inclui, em seu cálculo, as matérias-primas, os valores da mão-de-obra e serviços. Sua principal utilização é no financiamento direto das construtoras, mas também influencia em outros índices de inflação.

Índice Geral de Preços (IGP)

Também é de responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas. Ele busca abranger as alterações de preços em outros setores da economia que o IPCA não considera, como o atacado e a construção civil. É composto da seguinte forma:


  • Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): 60%
  • Índice de Preços ao Consumidor (IPC): 30%
  • Índice Nacional de Preços da Construção Civil (INCC): 10%

Ele é muito usado em contratos de longo prazo, como os contratos de aluguéis. Há, também, outras variações que surgem a partir do IGP e que buscam avaliar diferentes aspectos. Confira quais são as principais e como são calculadas:


  • IGP-DI: verifica as alterações do dia primeiro ao dia final de cada mês
  • IGP-M: verifica as alterações do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês atual
  • IGP-10: verifica as alterações do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês atual
Paulo Monfort
Planejador Financeiro CFP®
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Embora o IPCA seja o principal índice de inflação do país, é preciso ficar muito atento ao IGP-M. Isso porque, ele é o índice utilizado para corrigir os aluguéis dos imóveis e outros contratos de locação no país. Portanto, se quiser saber com antecedência qual será o reajuste do seu aluguel, é preciso acompanhar o IGP-M.


Ele costuma ser utilizado justamente pela sua forma de medição, o que garante o valor atualizado no início do mês, uma necessidade de quem aluga imóveis, já que mede a variação dos preços entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês atual.


Além disso, o fato de ser calculado por uma instituição privada e de grande respeito, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ajuda bastante na adoção do índice.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
É mensurado pelo IBGE. Calcula as variações de preços no varejo de produtos e serviços que são consumidos por famílias das principais regiões metropolitanas do Brasil e que têm renda mensal entre 1 e 5 salários mínimos. Assim como o IPCA, também tem pesos diversos para diferentes setores e regiões.

Qual a Diferença entre IPCA e INPC?

O IPCA hoje abrange uma parcela maior da população. Enquanto ele considera famílias que recebem de 1 a 40 salários-mínimos por mês, enquanto o INPC analisa dados referentes a famílias que recebem de 1 a 5 salários mínimos mensalmente. 


Os pesos dos setores na média ponderada é diferente nos índices. A alimentação, por exemplo, tem um peso maior no INPC que no IPCA. As famílias consideradas pelo INPC costumam ser mais sensíveis às mudanças nos preços, uma vez que gastam a maior parte do seu dinheiro em itens básicos.

O Que Faz a Inflação Subir?

O Que Faz a Inflação Subir?
A alta de preços afeta bastante o nosso dia a dia. Mas dificilmente um aumento da inflação, que afeta diretamente na alta dos preços, tem um motivo único. Abaixo você confere, de maneira bem breve, as principais causas para que a inflação suba. Acompanhe:

  • Aumento na demanda de um produto ou serviço: quando a demanda por um desses itens aumenta e o mercado não consegue atendê-la, os preços deles tendem a aumentar.
  • Aumento nos custos de produção: quando o valor para produzir bens sobe, os preços dele também aumentam para o consumidor final. É conhecida como inflação de oferta.
  • Alta emissão de papel-moeda: a inflação pode subir quando a quantidade de papel-moeda emitida não é associada à produção de bens de um país, desvalorizando a sua moeda.
  • Inércia ou expectativa de inflação: quando há a crença de que os preços irão aumentar, os detentores dos meios de produção aumentam os preços de venda dos bens e trabalhadores exigem maior remuneração, subindo a inflação.
  • Indexação de preços: quando os preços de serviços são aumentados baseados em índices anteriores de inflação, aumentando a inflação atual.

Como já explicamos, a inflação pode ser influenciada por outras causas para além das que expomos acima, sendo matéria de estudo para muitos especialistas da área econômica. Por isso, é preciso estudar cada alta da inflação para descobrir, de fato, os motivos que a causaram.

Quais São os Impactos da Inflação?

A inflação provoca vários impactos em diferentes setores da sociedade, mas o principal é aumentar as incertezas em relação à economia de um país quando está descontrolada. Isso acontece porque o aumento de preços desenfreado reduz o poder de compra, podendo levar ao endividamento.


O consumo reduzido também afeta empresários, que podem recorrer às demissões para evitar prejuízos, diminuindo ainda mais o poder de compra e provocando mais endividamentos. Assim, a alta da inflação é sentida principalmente por camadas menos favorecidas da população.


Essas incertezas, vindas de um aumento descontrolado da inflação, podem paralisar projetos e fazer um país ser mal visto internacionalmente. Contudo, um aumento controlado da inflação também pode indicar uma economia aquecida e que está em evolução.

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Vimos que a inflação é um dos maiores riscos para um país, causando a perda de valor de sua moeda e empobrecimento da população. Outro efeito indireto causado pela inflação é o aumento dos juros. Isso porque, o governo utiliza a taxa básica de juros, a SELIC, como um antídoto contra a inflação.


Ou seja, para frear a escalada de preços e a inflação, o governo aumenta a SELIC, através das reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária), causando o aumento do custo do dinheiro, e o encarecimento dos empréstimos financeiros no país.


Com os empréstimos mais caros, a economia fica mais lenta, as empresas investem menos, o que causa diversos impactos na vida dos brasileiros. Por isso, quando a inflação perde o controle, é possível esperar juros mais caros no futuro. 

Como o IPCA Influencia nos Investimentos?

Como o IPCA Influencia nos Investimentos?

O IPCA é o principal índice de inflação do Brasil. Assim, falar sobre como o IPCA influencia nos investimentos é, também, falar sobre como a inflação afeta os investimentos. Para isso, é preciso considerar, inicialmente, que ele afeta de forma diferente os diversos tipos de títulos.


Há investimentos que são afetados diretamente pelo IPCA, como o próprio Tesouro IPCA, seja o principal ou o que rende juros semestrais. Esses títulos de renda fixa têm a rentabilidade atrelada ao IPCA, então uma alta do índice significa uma alta em seus rendimentos, assim como o contrário.


A Taxa Selic, a taxa básica de juros do Brasil, também é afetada pelo IPCA, pois é determinada a partir da inflação. Assim, investimentos relacionados à Taxa Selic, como o Tesouro Selic, CDBs e LCAs tendem a render mais quando o IPCA aumenta, já que ela também cresce para regulá-lo.


O contrário também pode acontecer: um menor rendimento da Taxa Selic, que pode ser associado a uma baixa no IPCA, pode atrair investimentos em renda variável, já que os anteriores, em renda fixa, não ficam tão rentáveis. Para saber mais sobre esses tipos de investimento, acesse os textos a seguir!

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Os investidores precisam ficar muito atentos às variações do IPCA. Isso porque para calcular o ganho real de uma aplicação, é preciso excluir os efeitos do IPCA sobre a remuneração. Dizemos ganho real, justamente porque este valor é o que realmente contribui para o aumento do patrimônio investido, já que a inflação causa a perda do poder de compra do dinheiro.


Por exemplo, caso você tenha feito uma aplicação de R$ 1.000 de janeiro de 2021, até dezembro do mesmo ano, com ganho de 10% ao ano. Ao final do período você teria R$ 1.100 [1.000 + (1.000 x 10%)]. Mas esse não seria o valor do seu ganho real.


Para descobrir o quanto ganhou, é preciso excluir o efeito da inflação sobre o patrimônio final. Corrigindo o valor aplicado, pela inflação do período, (10,06%) teríamos o valor de R$ 1.100,61, que teria o mesmo poder de compra que R$ 1.000, causando uma perda patrimonial ao invés de um ganho.


Para calcular o ganho real, basta acessar a ferramenta gratuita, calculadora do cidadão no site do Banco Central.

Qual é o IPCA Hoje?

O IPCA de outubro de 2022 foi de 0,59% e, até então, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses foi de 6,47%. Seguem, logo abaixo, as taxas de variações no IPCA e os índices acumulados nos últimos 12 meses registrados pelo IBGE. Confira:


  • Out/22: 0,59% de variação e 6,47% acumulado em 12 meses;
  • Set/22: -0,29% de variação e 7,17% acumulado em 12 meses;
  • Ago/22: -0,36% de variação e 8,73% acumulado em 12 meses;
  • Jul/22: -0,68% de variação e 10,07% acumulado em 12 meses;
  • Jun/22: 0,67% de variação e 11,89% acumulado em 12 meses;
  • Mai/22: 0,47% de variação e 11,73% acumulado em 12 meses;
  • Abr/22: 1,06% de variação e 12,13% acumulado em 12 meses;
  • Mar/22: 1,62% de variação e 11,30% acumulado em 12 meses;
  • Fev/22: 1,01% de variação e 10,54% acumulado em 12 meses;
  • Jan/22: 0,54% de variação e 10,38% acumulado em 12 meses;
  • Dez/21: 0,73% de variação e 10,06% acumulado em 12 meses;
  • Nov/21: 0,95% de variação e 10,74% acumulado em 12 meses;

Os dados mensais de variação de inflação, assim como o IPCA acumulado nos últimos 12 meses podem ser consultados na página do site oficial do IBGE dedicada à inflação. Clique aqui para ter acesso aos dados mais atualizados e demais informações.

Conclusão

O índice IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é bem complexo, desde o seu cálculo às suas consequências na sociedade. Assim, é importante buscar informações claras e corretas sobre ele e esperamos que este artigo tenha te ajudado com isso.


Sinta-se à vontade para voltar aqui sempre que desejar relembrar alguma coisa. Além disso, compartilhe o link deste artigo em suas redes sociais. Assim você ajuda seus amigos e familiares a saberem mais sobre o IPCA e a inflação. Até mais e volte sempre!


Redação: Bruna Fernandes / Revisão: Taylon Nizer

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