Renda Variável: O que é, Como Funciona e Mais

Planejador Financeiro CFP® Paulo Monfort (CFP® 12660)

Doutorando em Business pela Universidade de Bordeaux na França e Mestre em Finanças pela Universidade de Paris Sorbonne, Paulo Monfort já ajudou mais de 1.000 famílias a investir melhor e tomar decisões financeiras inteligentes durante seus mais de 15 anos atuando no mercado financeiro como CFP® (Certified Financial Planner) e Consultor de Valores Mobiliários certificado.

É o co-autor do livro “ESG - Pilares da Transformação Ambiental, Social e Governança", e pesquisador com estudos voltados para Investimento Sustentável, ESG e Behavioral Finance. Recebeu da Universidade de Paris Sorbonne o prêmio de destaque "Valedictorian" por sua pesquisa e desempenho durante seu mestrado em finanças na instituição.

Atuou em grandes bancos como Itaú e Santander e hoje é o fundador e planejador financeiro na Fort Capital, além de professor e coordenador da escola de negócios IBMEC, lecionando Finanças nos cursos de MBA.

Conheça mais sobre o Paulo em seu site, LinkedIn e Instagram.

*Os produtos listados no ranking foram selecionados pela redação da mybest.

A renda variável é um tipo de investimento no qual não é possível prever se haverá rentabilidade e qual o valor dela, caso ela ocorra. Assim, o investidor poderá, até mesmo, terminar a aplicação com um valor inferior ao investido, caracterizando um investimento de alto risco.

Desse modo, a renda variável é um investimento volátil que depende de vários fatores, sendo, portanto, mais arriscado que a renda fixa. Apesar disso, os lucros dos ativos de renda variável costumam ser mais altos que dos títulos de renda fixa, uma vez que não há limitações nas taxas de juros.

Como rentabilidade e riscos são maiores, você precisa ter a consciência de que renda variável não é tão indicada para quem é muito iniciante sobre investimentos. Se for o seu caso, recomendamos que você ganhe experiência investindo em renda fixa e só então busque se aventurar mais na renda variável.

Portanto, há vários aspectos a serem considerados para decidir investir em renda variável e, alguns deles, são o tipo de renda variável, o tempo de aplicação e o capital que poderá ser aplicado. Para esclarecer a essas e outras dúvidas sobre renda variável, continue a leitura deste artigo!

Diferentemente da renda fixa, onde você "empresta" dinheiro para empresas ou governos, na renda variável o investidor, de certa forma, participa do capital do emissor, direta ou indiretamente. As aplicações em renda variável podem ser feitas tanto em bancos quanto em corretoras financeiras.

Após criar a conta, se o banco ou corretora possuir o sistema de Home Broker, já será possível escolher o investimento adequado e investir em renda variável. Vale destacar que, por mais que não seja possível saber exatamente o rendimento final da aplicação, é possível prevê-lo. 

Isso porque as flutuações no valor da aplicação dependem de vários fatores, como a valorização da empresa no mercado, inflação, oscilações cambiais, influências políticas, dentre outros. Empresas consolidadas podem ser consideradas mais "seguras" para investir, mas isto está longe de ser uma regra.

Assim, é preciso conhecer bem o mercado e os fatores que o influenciam para escolher o investimento mais adequado e rentável, de acordo com o que procura. Caso você tenha o desejo de se aprofundar no assunto, pode ser interessante, inclusive, contratar serviços de consultoria financeira.

Existem diversas modalidades de renda variável. Para te ajudar a escolher o melhor investimento, separamos as mais comuns e explicamos, de maneira simplificada, o seu significado e como cada uma funciona. Alguns exemplos de renda variável são:

• Ações: são as menores partes de uma empresa. Ao adquirir as ações, você passa a compartilhar os lucros e prejuízos dessa empresa em sua aplicação.
• Fundos imobiliários (FIIs): reúnem grupos de investidores que desejam aplicar dinheiro no mercado imobiliário e um gestor administra esses fundos. Eles preveem a distribuição de rendimentos na forma de dividendos.
• Fundos de índices (ETFs): replicam a composição de índices financeiros, como é o caso da Ibovespa. Permitem que o investidor aplique os eu capital em carteiras praticamente iguais às maiores referências do mercado.
• Fundos de ações: é uma modalidade coletiva. Funciona por meio da aquisição de cotas de participação. A negociação ocorre em bancos de investimento.
• Fundos cambiais: foca na oscilação de determinada moeda. Neles, o investimento é feito em ativos ou derivativos que estão ligados à moedas de outros países e não envolve, necessariamente, a compra de papel-moeda.
• Opções: comprar ou vender um ativo em uma data futura específica e por um preço preestabelecido.
• Futuros: nesses fundos, são negociados contratos futuros de compra ou venda de ativos variados, a preços fechados e tempos determinados. Uma maneira bastante comum de se investir em commodities.
• Brazilian Depositary Receipts (BDRs): investimentos no exterior de forma indireta, pela bolsa brasileira. Ficam disponíveis quando empresas adquirem investimentos internacionais e disponibilizam os BDRs com lastro.

São muitas opções, não é mesmo? Vale lembrar que essas são apenas algumas das opções mais comuns de investimento possíveis na modalidade de renda variável. Assim, há outras opções no mercado e uma delas pode atender ainda mais ao seu perfil de investidor.

Salvo as oscilações que ocorrem neste tipo de investimento, especialistas garantem que é seguro investir em renda variável. Contudo, é preciso tomar algumas precauções. A primeira, claro, é estudar muito sobre o assunto antes de aplicar o dinheiro, conhecendo previamente os riscos que vai correr.

Fora as variações características da renda variável, é importante ressaltar que existem órgãos que regulam esse tipo de operação financeira. Os principais são a B3, que controla as negociações, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que fiscaliza agentes do mercado financeiro.

Também existe o Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP), que protege os investidores. Ele garante um ressarcimento de até R$120 mil por prejuízos causados por erros de agentes ou corretoras de investimento, ou para o caso de falência dessas instituições.

Vale frisar que o MRP não protege o investidor de prejuízos causados pelas oscilações de mercado. É seguro investir em renda variável, desde que o investimento esteja em conformidade com os órgãos reguladores e que você conheça os possíveis riscos. Desse modo, muitos prejuízos podem ser evitados!

Antes de tudo, é preciso compreender o seu perfil de investidor para entender qual o melhor tipo de investimento em renda variável para você, bem como as condições de aplicações. As perguntas a seguir podem te ajudar a traçar esse perfil:

• Qual o valor disponível para investimento?
• Qual o seu objetivo com esse investimento?
• Qual o prazo esperado de retorno do investimento?
• Qual risco você está disposto a correr?

Com essas respostas, é possível ter uma ideia de qual é o seu perfil de investidor. A partir disso, ainda é preciso estudar bastante o mercado para saber qual o melhor ativo para o seu perfil. Assim, pode ser interessante contar com o auxílio de um especialista, ok?

A partir disso, saiba que é possível investir em renda variável por meio de corretoras financeiras ou bancos. Para isso, é necessário que elas funcionem com um sistema que conecta investidores com o mercado - o mais conhecido é o Home Broker.

Sabendo o seu perfil de investidor e tendo uma conta em uma dessas instituições, já é possível começar a investir. Clicando nos links abaixo, você pode conhecer os artigos da mybest que recomendam exemplos de corretoras para se investir em renda variável. Vale a pena conferir!

Todos os investimentos em renda variável devem ser declarados à Receita Federal no Imposto de Renda. A Receita estipula, porém, que vendas de ações que não passam de R$20 mil por mês não precisam ser tributadas. Contudo, outros investimentos de renda variável como os fundos imobiliários serão tributados.

 
Nesses casos de tributação, o próprio investidor deverá emitir o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) e pagá-lo. Em geral, os principais documentos necessários para a declaração de renda variável no Imposto de Renda são:

• Notas de corretagem das operações feitas ao longo do ano
• Contas mensais separadas por tipo de operação
• Darfs pagos
• Informativos de rendimento

De modo geral, com esses documentos, você conseguirá declarar a renda variável no Imposto de Renda. Apesar disso, alguma coisa pode passar batida. Assim, caso surja alguma dúvida, procure algum especialista financeiro de sua confiança para te auxiliar.

Agora que você já começou a aprender um pouco mais sobre renda variável, pode ter surgido o interesse de saber ainda mais sobre investimentos. Para te ajudar com isso, nós separamos um artigo com os melhores cursos de investimento do mercado. Acesse!

A princípio, a renda variável pode parecer um conceito bem confuso para iniciantes. No entanto, estudando nas fontes certas, é possível saber mais sobre esse tipo de investimento tão complexo. Esperamos que este artigo tenha te ajudado a compreender o significado de renda variável!

Volte aqui sempre que desejar relembrar algum detalhe do texto. Além disso, compartilhe este artigo em suas redes sociais. Assim você ajuda seus amigos e familiares a também saberem um pouco mais sobre renda variável. Até mais e ótimos investimentos!

Redação: Bruna Fernandes / Revisão: Taylon Nizer