Criptomoedas: O Que São, Como Comprar e mais

Planejador Financeiro CFP® Paulo Monfort (CFP® 12660)

Doutorando em Business pela Universidade de Bordeaux na França e Mestre em Finanças pela Universidade de Paris Sorbonne, Paulo Monfort já ajudou mais de 1.000 famílias a investir melhor e tomar decisões financeiras inteligentes durante seus mais de 15 anos atuando no mercado financeiro como CFP® (Certified Financial Planner) e Consultor de Valores Mobiliários certificado.

É o co-autor do livro “ESG - Pilares da Transformação Ambiental, Social e Governança", e pesquisador com estudos voltados para Investimento Sustentável, ESG e Behavioral Finance. Recebeu da Universidade de Paris Sorbonne o prêmio de destaque "Valedictorian" por sua pesquisa e desempenho durante seu mestrado em finanças na instituição.

Atuou em grandes bancos como Itaú e Santander e hoje é o fundador e planejador financeiro na Fort Capital, além de professor e coordenador da escola de negócios IBMEC, lecionando Finanças nos cursos de MBA.

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*Os produtos listados no ranking foram selecionados pela redação da mybest.

A criptomoeda é uma espécie de moeda que só existe virtualmente. Com essas moedas, é possível fazer o mesmo que se faz com dinheiro real: utilizá-las como meios de troca, como reserva de valor e utilizá-las como unidade de conta.

Recebem esse nome porque, para verificar as transações, são utilizados recursos de criptografia. Isso significa dizer que há codificações complexas envolvidas no armazenamento e transmissões de dados acerca das criptomoedas, tecnologia que possibilita a segura emissão e transação dessa moeda.

Outra característica da criptomoeda é ser descentralizada, isto é, não há um governo que a regulamente, diferente do real, dólar, euro ou outras moedas "palpáveis". Por isso, são os próprios usuários deste dinheiro que controlam a emissão, transferências e outras operações envolvendo essas moedas.

Hoje, a criptomoeda mais conhecida é o Bitcoin, mas ele não é utilizado como unidade de conta por ser muito volátil. Buscando maior segurança, elas são armazenadas em carteiras digitais e suas transferências são registradas em um "livro" contábil público, conhecido como blockchain.

Como as criptomoedas são virtuais, não é possível guardá-las em em contas correntes, corretoras comuns ou fazer trocas físicas. Assim, essas moedas são armazenadas, exclusivamente, em carteiras virtuais bem específicas chamadas de Exchanges.

Tal como o armazenamento, o surgimento das criptomoedas também é bem característico. Elas só podem surgir por meio da mineração - nos tópicos seguintes, falaremos um pouco mais sobre esse processo. A mineração ocorre no já mencionado blockchain, protocolo de confiança dos usuários de criptomoedas.

Como a criptomoeda é descentralizada, o blockchain é mantido e atualizado pelos detentores das moedas. Vale acrescentar que uma particularidade própria do blockchain é a impossibilidade de apagar dados. Dessa maneira, o registro acerca das transações com criptomoedas hoje se mantém transparente.

Apesar de existir há anos, tecnologias envolvendo criptomoedas e o blockchain ainda estão relativamente no começo, financeiramente. Especialistas da área afirmam que a tecnologia chegou para se firmar no mercado e em breve será possível usá-la para transações envolvendo títulos e ações, por exemplo.

Basicamente, a mineração de criptomoeda é a criação de novas moedas digitais. Nesse processo, há a validação de dados na blockchain, aquele sistema público e transparente utilizado para registrar todas as transações ocorridas com criptomoedas.

Em meio a esse processo de validação, são resolvidas equações complexas na base da tentativa e erro. Para isso, são utilizados como ferramentas computadores superpotentes: são operados por usuários que, em meio a uma infinidade de códigos, conseguem encontrar as criptomoedas.

Ao resolverem essas equações e encontrarem as criptomoedas, esses mineradores recebem um "hash", um código que é como um certificado de autenticidade, que valida essas moedas digitais. Também é possível que o minerador seja recompensado, em criptomoedas, por blocos minerados.

Com o uso de computadores cada vez mais potentes, a resolução de equações matemáticas que levam à mineração de criptomoedas não é tão complexa quanto antes. No entanto, além de precisar ter uma máquina com alta capacidade de processamento de dados, a concorrência torna o processo rápido e difícil.

Você já deve ter ouvido falar de Bitcoins, mas além dela, existem vários outros tipos de criptomoedas no mundo. Naturalmente, algumas delas se destacam mais que outras. Assim, separamos alguns principais tipos de criptomoedas promissoras para que você possa conhecê-las. Vamos lá?

• Bitcoin: a mais antiga, conhecida e negociada criptomoeda do mundo. É altamente volátil. Desenvolvida em 2009, foi criada visando ser uma alternativa ao sistema bancário que levou o mundo à crise de 2008.
• Ether: é a moeda de troca de uma plataforma descentralizada chamada Ethereum. Nela é possível realizar contratos inteligentes e aplicações descentralizadas.
• Tether: é atrelada ao dólar, então tem valor mais estável, construindo uma relação de stablecoin. Conecta o mercado financeiro ao criptomercado.
• Litecoin: muito semelhante ao Bitcoin, se diferencia dela por ser mais veloz no processo de mineração, agilizando transações comerciais. Costuma ser utilizada quando as taxas de transação do Bitcoin estão muito altas.
• Binance Coin: criptomoeda utilizada na Binance, uma Exchange e bolsa do criptomercado. É utilizada em contratos inteligentes e aplicações descentralizadas.
• Gala: a criptomoeda Gala é utilizada como token na plataforma de criação de jogos em Blockchain Gala Games.
• SAND: o Sandbox é um jogo que permite aos jogadores a construção de vidas digitais. A SAND é a moeda nativa desse universo.
• AXS: é a moeda utilizada no Axie Infinity, um game que se aproxima bastante da definição de metaverso. Assim, ela é um exemplo de criptomoeda de metaverso.
• Dogecoin: também é chamada de DOGE. Ficou mais conhecida por ser a preferida do Elon Musk. Baseada no meme Doge, que é simbolizada na moeda. Utiliza parte do código da bitcoin, incluindo a tecnologia proof of work.
• Shiba Inu: é um token baseado no Etherum, criado como concorrente direto da Dogecoin. Não é atrelada a nenhum ativo e pode ser transferida de um usuário para outro.
• Chiliz: desenvolvida pela plataforma Socios.com. Busca conectar torcedores aos seus times preferidos, permitindo que sejam sócios de grandes clubes.
• ADA: criptomoeda da Cardano, plataforma de Blockchain de código aberto para contratos inteligentes. Essa plataforma foi desenvolvida por meio de uma metodologia científica.

O mercado de criptomoedas hoje vai bem além das Bitcoins, não é mesmo? Além dessas que falamos para você, há vários outros tipos de criptomoeda com diversidade de cotação utilizadas ao redor do mundo. Assim, vale a pena dar aquela pesquisada para saber qual criptomoeda comprar hoje!

As criptomoedas podem ser compradas de duas maneiras distintas: pelo método peer-to-peer ou por meio das exchanges. Para te ajudar a entender melhor sobre ambos, abaixo conceituamos melhor o que cada um destes termos significa para você saber mais facilmente qual criptomoeda comprar:

• Peer-to-peer: a negociação e compra é realizada diretamente com o detentor das criptomoedas por meio de uma transação virtual. Nela, o comprador faz uma transferência de dinheiro real e recebe a criptomoeda em troca.
• Exchange: são corretoras. Nela, o investidor cria uma conta, adiciona dinheiro real e compra criptomoedas conforme o seu capital e interesse. Costumam cobrar taxas, mas são opções seguras para compradores iniciantes.

Você pode escolher uma dessas duas formas de adquirir as suas criptomoedas. Vale lembrar que é preciso escolher detentores das criptomoedas de confiança, sejam eles investidores ou corretoras, para evitar cair em golpes, ok?

Por isso, essas transações são mais recomendadas para investidores que já tenham certa experiência e não tão indicadas para iniciantes. Procure estudar bastante sobre o assunto, conhecer outros investidores e prefira plataformas mais conhecidas! Ademais, confira qual criptomoeda está em alta, ok?

Além de comprar criptomoedas, é possível obter rendimentos por meio de investimentos em criptomoedas. O principal deles é por meio dos  Exchange Traded Funds, ou ETFs, que são fundos negociados diretamente nas bolsas de valores, como se fossem ações de empresas.

Outra forma de investir em criptomoedas é adquirindo cotas de fundos de criptomoedas. Desde 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite que fundos brasileiros invistam diretamente em criptomoedas do exterior. Esse investimento pode ser por meio de cotas ou derivativos, por exemplo.

Uma dica para aproveitar melhor os seus investimentos é sempre ficar de olho na sua carteira de criptomoedas. Assim, você fica atento e evita perder oportunidades de transação que podem ser bem rentáveis. Ah, e sempre escolha corretoras de confiança para essas operações, ok?

Ter cautela nestas negociações é outra dica válida. Criptomoedas são bem instáveis e voláteis, o que significa que o preço sobe e desce o tempo todo, muito rapidamente. Especialistas em investimentos indicam que o seguro é apostar no máximo até 5% do seu dinheiro para evitar sair no prejuízo.

Neste artigo, você já aprendeu, entre outras coisas, como investir em criptomoesdas, como comprá-las e o que é uma exchange, um corretor de criptomoedas. Para te ajudar a escolher a melhor do mercado, nós, da mybest, criamos um artigo sobre esse assunto e indicamos ele para você. Acesse!

As criptomoedas hoje podem ser um assunto bem complexo, mas isso não é motivo para não investir nessas moedas virtuais. Assim, esperamos que o nosso artigo tenha te ajudado a conseguir mais informações sobre as criptomoedas e incentivado a conhecer ainda mais sobre elas!

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Redação: Bruna Fernandes / Revisão: Taylon Nizer