Para se engajar na luta antirracista é importante buscar letramento racial e referências que pensaram o racismo estrutural e as formas mascaradas de racismo cotidiano, seja através da linguagem ou da prática escolar. Os livros sobre racismo são instrumentos para desnaturalizar formas de pensar e agir.
Por reconhecer a importância de divulgar obras antirracistas, preparamos um manual de como escolher um livro sobre o tema. Também elencamos um ranking com os 15 melhores livros sobre racismo, de autores como Abdias Nascimento, Silvio Almeida, Angela Davis e outros. Confira!
Melhores Escolhas de Livros sobre Racismo
Abdias Nascimento
Melhor Livro sobre Racismo Brasileiro
Jeferson Tenório
Uma História Sensível sobre Violência e Racismo
Carolina Maria de Jesus
Cotidiano de uma Mulher Negra Marginalizada
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Índice
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Os livros sobre racismo abordam a experiência do negro no mundo, seja na forma de reconstituições históricas e sociais ou de personagens fictícios. As obras são caracterizadas por levar a uma reflexão sobre a questão racial a partir de diversas abordagens.
Elas podem contar histórias reais ou ficcionais, descrever estudos sociais, explorar estatísticas ou trabalhar a representatividade negra através de protagonistas. Em geral, buscam referências marginalizadas para questionar as perspectivas hegemônicas e brancas sobre o racismo.
O conceito de letramento racial, da socióloga France Winddance Twine, é importante para pensar o papel das leituras na luta antirracista. Ele consiste em repensar formas naturalizadas de racismo. Por isso, os livros sobre o tema podem contribuir para diversas práticas, como:
Buscar letramento racial é um dos primeiros passos para contribuir na luta antirracista, sobretudo se você é uma pessoa branca. Selecionamos livros sobre personagens históricos, racismo estrutural e literaturas com protagonistas afrocentrados para te ajudar a encontrar referências confiáveis no assunto.
Para te ajudar a escolher o melhor livro sobre racismo, preparamos algumas dicas importantes sobre as diferenças de livros ficcionais e não-ficcionais, autores e obras premiadas, ano de publicação e mais. Confira detalhes abaixo!
Antes de escolher um livro sobre racismo, considere o tipo de narrativa que está procurando. Obras ficcionais podem abordar o tema a partir de um gênero narrativo mais fluído, como romances ou drama, por exemplo. São uma opção para quem busca um livro para ler em momentos de lazer e descanso.
Vale ressaltar a importância das literaturas ficcionais na produção da representatividade negra, através de protagonistas que experienciam a questão racial a partir de uma outra perspectiva que não a branca. As ficções são uma chance de prestigiar esses autores e seus personagens!
Já os livros não-ficcionais costumam ser baseados em estudos sociais ou históricos e podem ser uma fonte segura de informação. Se você quer conhecer a história do movimento negro e da luta antirracista, procure obras desse tipo escritas por autores comprometidos com a causa.
Um bom termômetro para as boas obras são as premiações literárias, concedidos a livros e autores considerados notáveis por críticos da área. Entre os prêmios internacionais mais aclamados estão o Nobel, dado aos principais trabalhos no mundo, e o Pulitzer, administrado pela Universidade de Coimbra.
Outras premiações importantes são o National Book Award, Lenin da Paz, Prêmio Casa de las Americas, entre outros. Já entre as condecorações nacionais, os destaques são o prêmio Jabuti, Oceanos, Prêmio Camões, Prêmio Dandara dos Palmares, e vários outros.
Um tema tão importante quanto o abordado nos livros sobre racismo muitas vezes trazem o reflexo das vivências, trabalhos e observações dos seus autores. Portanto, conhecer um pouco mais sobre a história de quem está por trás das palavras é uma excelente forma de compreender a importância de uma obra.
Nesse quesito, é comum encontrar autores que, além de escritores, são filósofos, professores, ativistas dos direitos civis e humanos, políticos, entre outras atividades. Sendo assim, dedique um tempo durante a escolha do melhor livro sobre racismo para conhecer um pouco mais sobre quem o escreveu.
Apesar de a maior parte dos livros sobre racismo serem obras contemporâneas, existem autores considerados pioneiros no debate. Entre eles, Carolina Maria de Jesus, que escreveu Quarto de Despejo ainda na década de 60, e Abdias Nascimento, que escreveu sua obra célebre durante seu exílio em 1977.
Conferir o ano de publicação da primeira edição do livro é uma forma de entender os autores dentro de seus contextos sociais e políticos de produção. Além disso, também permite reconhecer e prestigiar aqueles que abriram caminhos para os demais, como os autores clássicos mencionados e tantos outros.
Cada vez mais, as editoras têm disponibilizado seus livros em versão ebook. Também chamados de livros digitais, essas versões online podem ser lidas em qualquer e-reader, como o Kindle, e até em leitores baixados no computador ou celular, a depender do formato.
Ebooks têm vários benefícios, como o preço mais acessível se comparados aos livros impressos. Eles também podem ser baixados assim que o pagamento é realizado, dispensando a espera pela entrega. Além disso, podem ser levados para qualquer lugar em seu dispositivo de leitura.
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Quando for escolher o seu livro sobre racismo, considere a quantidade de páginas do livro e o tipo de leitura que a obra demanda. Livros ficcionais oferecem leituras mais fluidas e rápidas e costumam ser lidos sem dificuldade. Já os livros não-ficcionais podem exigir mais atenção do leitor.
As obras não-ficcionais de leitura mais rápida costumam ter até 150 páginas. Algumas opções com textos mais longos variam de 150 a mais de 250 páginas. Essas obras podem demandar mais tempo, mas costumam oferecer também informações mais densas e detalhadas.
Rede social colaborativa, onde você pode organizar as suas leituras e acessar avaliações e comentários sobre obras do seu interesse, o Skoob reúne leitores brasileiros desde 2009. Na plataforma, que funciona como uma estante virtual, você lista os livros que já leu e os livros que gostaria de ler.
As avaliações do público para os livros lidos variam de 0 a 5. No geral, livros com avaliação acima de 4 estrelas são considerados bons e acima de 4,5 estrelas excelentes. Além das notas, é possível acessar e produzir resenhas e comentários detalhados sobre as obras.
Produtos | Foto | Clique para Comprar | Destaque | Detalhes | |||||||||
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Categoria | Autor(es) | Prêmios | Primeira Edição | Skoob | Capa | Dimensões | Páginas | E-Book | |||||
1 | Abdias Nascimento O Genocídio do Negro Brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado |EDITORA PERSPECTIVA | ![]() | Melhor Livro sobre Racismo Brasileiro | Não-ficcional | Ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor universitário, político e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras | 1978 | 4.7/5 | Comum | 19 x 14 cm (A x L) | 232 | |||
2 | Jeferson Tenório O Avesso da Pele|COMPANHIA DAS LETRAS | ![]() | Uma História Sensível sobre Violência e Racismo | Ficcional | Escritor e pesquisador brasileiro | 2020 | 4,6/5 | Comum | 21 x 14 cm (A x L) | 198 | |||
3 | Carolina Maria de Jesus Quarto de Despejo|EDITORA ÁTICA | ![]() | Cotidiano de uma Mulher Negra Marginalizada | Não-ficcional | Escritora, compositora e poetisa brasileira | 1960 | 4,5/5 | Comum | Não informado | 200 | |||
4 | Djamila Ribeiro Pequeno Manual Antirracista|COMPANHIA DAS LETRAS | ![]() | Caminhos para a Luta Antirracista | Não-ficcional | Filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira | 2019 | 4,5/5 | Comum | 15 x 11 cm (A x L) | 136 | |||
5 | Silvio Almeida Racismo Estrutural|JANDAÍRA | ![]() | Referência de Livro sobre Racismo Estrutural | Não-ficional | Advogado, filósofo e professor universitário brasileiro | 2018 | 4,6/5 | Comum | 16 x 11,5 cm (A x L) | 256 | |||
6 | Chimamanda Ngozi Adichie Hibisco Roxo|COMPANHIA DAS LETRAS | ![]() | Panorama Político e Social da Nigéria | Ficcional | Feminista e escritora nigeriana | 2003 | 4,5/5 | Comum | 21 x 14 cm (A x L) | 328 | |||
7 | Maya Angelou Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola|ASTRAL CULTURAL | ![]() | Raça e Gênero | Ficcional | Escritora e poetisa estadunidense | 2018 | 4,5/5 | Dura ou comum | Não informado | 336 | |||
8 | Racionais MC's Sobrevivendo no Inferno|COMPANHIA DAS LETRAS | ![]() | Ritmo e Poesia Sobre o Racismo no Brasil | Não-ficcional | Grupo de rap brasileiro | 2018 | 4,4/5 | Comum | 20 x 13 cm (A x L) | 160 | |||
9 | Angela Davis Mulheres, Raça e Classe|BOITEMPO EDITORIAL | ![]() | Obra Espetacular sobre Racismo Interseccional | Não-ficcional | Professora e filósofa socialista norte-americana | 2016 | 4,7/5 | Comum | 23 x 16 cm (A x L) | 248 | |||
10 | Maryse Condé Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem|ROSA DOS TEMPOS | ![]() | Julgada e Condenada nos Tribunais de Salem | Ficcional | Escritora e professora universitária guadalupense | 1986 | 4,4/5 | Comum | 21 x 13,5 cm (A x L) | 252 |
Abdias do Nascimento foi artista, escritor, dramaturgo, professor, político e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras. Sua obra foi escrita durante o seu exílio na Nigéria em 1977 e publicada no Brasil em 1978. Abdias Nascimento foi, inclusive, indicado ao Nobel da Paz.
De forma profunda e pioneira, a obra desmistifica a ideia de que o Brasil foi ou é uma democracia racial. Interpreta a formação social brasileira e recupera o papel da resistência político-cultural afro-brasileira, reivindicando uma nova sociedade, multirracial e multicultural no Brasil.
Mesmo depois de mais de 40 anos de publicação, as análises do autor se mantêm atuais e necessárias. Segundo comentários dos leitores, essa é uma obra fundamental para entender o processo de exclusão dos negros no nosso país, sendo um dos principais autores para quem quer estudar questões raciais!
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor universitário, político e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras |
Prêmios | |
Primeira Edição | 1978 |
Skoob | 4.7/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 19 x 14 cm (A x L) |
Páginas | 232 |
E-Book |
Livro de ficção nacional e vencedor do prêmio Jabuti na categoria romance literário em 2021, O Avesso da Pele é uma trama de personagens complexos e bem construídos atravessados pelos efeitos das relações raciais e suas formas de presentificação no cotidiano de uma família negra.
A narrativa tem como foco Pedro, que perde seu pai em uma abordagem policial violenta em Porto Alegre. O livro apresenta diálogos de Pedro com seu pai de forma íntima e sensível, sem usar da desgraça alheia como plataforma política. Um título contemporâneo muito bem avaliado pelos leitores.
Categoria | Ficcional |
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Autor(es) | Escritor e pesquisador brasileiro |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2020 |
Skoob | 4,6/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 21 x 14 cm (A x L) |
Páginas | 198 |
E-Book |
Nascida em 1914, Carolina Maria de Jesus foi uma mulher negra, mãe solteira, catadora de lixo e marginalizada. Foi na favela do Canindé, em São Paulo, que a escritora, instruída até o segundo ano, escreveu seu livro Quarto de Despejo. Aclamado pela crítica e traduzido para mais de 13 idiomas.
A obra reproduz o diário da autora, relatando o cotidiano vivenciado na favela por uma mãe de 3 filhos. Registros escritos entre 15 de julho de 1955 a 1 de janeiro de 1960, com uma linguagem simples, mas contundente, encontrando naquilo que alguns consideram sobra o que a mantivesse viva.
Uma literatura referência para pensar desigualdade social e racismo estrutural! De leitura fácil, as palavras consideradas simples pelos leitores da obra refletem a realidade próxima que esse livro pretende abordar. É também uma ótima opção de presente, segundo as avaliações de consumidores.
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Escritora, compositora e poetisa brasileira |
Prêmios | |
Primeira Edição | 1960 |
Skoob | 4,5/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | Não informado |
Páginas | 200 |
E-Book |
Em onze capítulos curtos e diretos, a autora trata de temas como negritude, branquitude, violência racial, desejos e afetos. Nesse contexto, apresenta caminhos reflexivos para aqueles que buscam aprofundar sua percepção sobre a descriminação racial e assumir responsabilidade pela luta antirracista.
Djamila Ribeiro é uma filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira. Através da sua presença ativa nas redes sociais, se tornou uma referência quando se trata de ativismo negro brasileiro. Atualmente, está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo abaixo de 40 anos, segundo a ONU.
O manual está entre os mais vendidos da Amazon, com mais de 20 mil avaliações de clientes. O sucesso da obra se dá pela linguagem acessível e sucinta, facilitando a leitura. Esse é também um excelente livro sobre racismo para presentear alguém.
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2019 |
Skoob | 4,5/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 15 x 11 cm (A x L) |
Páginas | 136 |
E-Book |
Racismo Estrutural apresenta dados estatísticos e discute de que maneiras o racismo se expressa em nossas estruturas sociais, econômicas e políticas. Tem como base o livro de 1970 chamado Black Power, de Kwame Turu e Charles Hamilton, que apresenta pela primeira vez o conceito de racismo institucional.
Silvio Luiz de Almeida é um advogado, filósofo, professor universitário e político. Em suas obras ele aborda questões sobre minorias e desigualdades a partir de uma perspectiva jurídica, incluindo em sua análise o ativismo judicial, o papel dos poderes e a atuação das polícias.
Seu conceito de racismo estrutural é fundamental para pensar como as instituições operam de modo a privilegiar sujeitos brancos e promover a distribuição desigual de direitos e acessos. Segundo comentários de quem leu a obra, a linguagem é acessível e o conteúdo preciso e bem fundamentado.
Categoria | Não-ficional |
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Autor(es) | Advogado, filósofo e professor universitário brasileiro |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2018 |
Skoob | 4,6/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 16 x 11,5 cm (A x L) |
Páginas | 256 |
E-Book |
Uma família negra católica de classe alta, um pai autoritário e conhecido pelas benfeitorias que faz à comunidade, uma adolescente, Kambili, e seu irmão Jaja, vivendo sob as rédeas do pai e procurando seu espaço no mundo. Esse é o cenário no qual Hibisco Roxo se passa.
A narrativa é inquietante, incômoda, sobretudo nas cenas de violência descritas pela autora. A chegada de figuras de fora da família nuclear, como o avô, a tia professora universitária e os primos questionadores implode o pequeno mundo patriarcal de Kambili.
Esse é um livro sobre racismo porque evidencia de forma muito densa os efeitos da colonização britânica na Nigéria e a presença constante dos brancos nos imaginários e desejos da família, sobretudo os do pai. Trama e personagens complexos fazem desse um livro referência no assunto!
Categoria | Ficcional |
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Autor(es) | Feminista e escritora nigeriana |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2003 |
Skoob | 4,5/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 21 x 14 cm (A x L) |
Páginas | 328 |
E-Book |
Nessa escrita que mistura autobiografia e ficção, Maya Angelou nos conduz pelas memórias de Maya, levada para o sul dos Estados Unidos, em uma cidade marcada pela segregação racial, onde sofre inúmeras violências e encontra na escrita a sua voz.
Esse livro sobre racismo chegou a ser proibido nas escolas norte-americanas. Depois de se tornar um símbolo da luta antirracista, Maya Angelou se tornou leitura obrigatória. Ela é, ainda hoje, uma das grandes escritoras negras de literatura e poesia do século XX e XXI.
O livro não é cronológico, mas segue as memórias de Maya. Trata de temas sensíveis, como a violência sexual vivida pela menina com apenas 8 anos, o que pode ser um gatilho para algumas leitoras. Em uma intersecção pioneira de debates sobre raça e gênero, esse é um livro que acompanhará gerações!
Categoria | Ficcional |
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Autor(es) | Escritora e poetisa estadunidense |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2018 |
Skoob | 4,5/5 |
Capa | Dura ou comum |
Dimensões | Não informado |
Páginas | 336 |
E-Book |
Outro momento histórico de Sobrevivendo no Inferno foi a sua publicação em livro, que é, na verdade, um encarte do álbum. Com apresentação de Acauam Oliveira, que fez um doutorado em literatura brasileira sobre os Racionais MC's, o livro apresenta as letras em forma de poesia e fotos inéditas do grupo.
As letras tratam do racismo brasileiro a partir da perspectiva das periferias de São Paulo. Produzido no período de redemocratização, Sobrevivendo no Inferno é uma obra-prima sobre a ação das polícias nas favelas e as formas de sobreviver ao inferno que a juventude periférica precisou criar para si.
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Grupo de rap brasileiro |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2018 |
Skoob | 4,4/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 20 x 13 cm (A x L) |
Páginas | 160 |
E-Book |
Mais que um livro sobre racismo, essa obra nos mostra a impossibilidade de se pensar em um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial. Mulheres, Raça e Classe descreve a necessidade da não hierarquização das opressões, refletindo as intersecções entre raça, classe e gênero.
Angela Davis é uma filósofa norte-americana, professora universitária e ícone da luta pelos direitos civis. Já foi integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, candidata a vice-presidente e próxima do grupo Panteras Negras. É vista hoje como uma das maiores escritoras negras do mundo.
É um livro que aborda em uma perspectiva histórica e crítica a luta pelo fim da escravidão, pelos direitos civis das mulheres e as mobilizações da classe trabalhadora feminina estadunidenses, com comentários afiados de uma grande escritora, pesquisadora e pensadora.
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Professora e filósofa socialista norte-americana |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2016 |
Skoob | 4,7/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 23 x 16 cm (A x L) |
Páginas | 248 |
E-Book |
Nesse livro de ficção histórica, a escritora e pesquisadora Marysé Condé nos conta sobre Tituba, uma das primeiras mulheres a ser julgada nos tribunais de Salem, ainda no século XVII, por praticar bruxaria. Trata-se de uma narrativa ficcional inspirada em pesquisas históricas feitas pela autora.
Filha de uma mulher negra escravizada, Tituba é criada por uma curandeira que a ensina sobre as ervas e os rituais ancestrais do seu povo. A história é narrada em primeira pessoa pela personagem, o que cria uma conexão entre o leitor e Tituba.
Premiada e citada como uma das grandes autoras negras de ficção do século XX, Maryse Condé assume a responsabilidade de retirar a personagem do silenciamento histórico. Eu, Tituba está entre os melhores livros sobre escravidão com narrativa ficcional, junto com clássicos como A Cor Púrpura de Alice Walker.
Categoria | Ficcional |
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Autor(es) | Escritora e professora universitária guadalupense |
Prêmios | |
Primeira Edição | 1986 |
Skoob | 4,4/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 21 x 13,5 cm (A x L) |
Páginas | 252 |
E-Book |
Essa obra narra a história de uma africana idosa que viaja do continente para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Durante a travessia, ela conta sua história, marcada pela violência e pela escravidão. É um livro sobre racismo que mescla acontecimentos históricos com uma narrativa ficcional.
Ana Maria Gonçalves se mudou para Ilha de Itaparica para passar 5 anos pesquisando e escrevendo o seu romance. Um Defeito de Cor é uma obra inspirada na vida de Luísa Mahin, personagem envolvida em revoltas e levantes de escravos no início do século XIX e também mãe do poeta e abolicionista Luís Gama.
Além de ser um livro que aborda a questão racial a partir de uma densa pesquisa histórica, é também um excelente livro sobre escravidão e rebeliões no século XVIII e XIX. Para mergulhar nas 900 páginas dessa obra-prima é preciso fôlego!
Categoria | Ficcional |
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Autor(es) | Escritora brasileira |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2006 |
Skoob | 4,7/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 23 x 16 cm (A x L) |
Páginas | 952 |
E-Book |
Memórias da Plantação é um estudo organizado em forma de episódios cujo objetivo é descrever cenas do racismo cotidiano através de relatos de duas mulheres negras. Seu subtítulo demonstra a atemporalidade do trauma do negro, produzido como subordinado e exótico pelas fantasias coloniais.
Grada Kilomba, teórica do feminismo negro, nasceu em Lisboa. Seu livro, Memórias da Plantação - Episódios de Racismo Cotidiano, resultou de sua tese de doutorado em Berlim. Inicialmente escrito em inglês, sua tradução em português reitera o quanto nosso idioma oficial é colonial e colonizado.
Com uma proposta de debates pós-coloniais, decoloniais e com estudos de gênero, esse livro dialoga com vários autores e autoras negros e propõe uma análise psicanalítica e social da construção do sujeito negro. Leitura para quem deseja uma abordagem mais aprofundada e teórica.
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Escritora, psicóloga, teórica e artista interdisciplinar portuguesa |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2019 |
Skoob | 4,7/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 21 x 14 cm (A x L) |
Páginas | 249 |
E-Book |
Inspirado em um post que viralizou da jornalista e escritora Reni Eddo-Lodge, esse livro sobre racismo se trata de uma conversa franca. A autora fala sobre raça e os desafios de lidar com a falta de responsabilização de pessoas brancas pelo racismo estrutural que se manifesta no cotidiano.
Para isso, trabalha com a história dos negros na Grã-Bretanha, políticas raciais, feminismo branco e vários relatos pessoais sobre problemas em ter que explicar para brancos o que é o racismo. Apesar de denso, o livro é muito acessível para pessoas que não conhecem profundamente o debate racial.
Esse livro sobre racismo estrutural é recomendado para pessoas brancas que procuram letramento racial e desejam se engajar na luta antirracista. Apesar de trabalhar com questões raciais britânicas, propõe várias reflexões que podem ser estendidas para o Brasil.
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Escritora e jornalista britânica |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2019 |
Skoob | 4,5/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | Não informado |
Páginas | 214 |
E-Book |
O livro sobre racismo linguístico de Gabriel Nascimento é uma referência para pensar racismo estrutural e a língua como um espaço de poder e opressão. Como produto da história e das relações sociais, a língua é um mecanismo de classificação que foi, por muito tempo, um privilégio da branquitude.
A proposta do autor, linguista e professor da UFSB, é trabalhar com a língua como forma de hierarquização e marcação dos outros, através de nomeações e classificações produzidas pelos próprios brancos. A raça, por exemplo, foi uma dessas invenções, que Gabriel explora em seu livro de não-ficção.
Com linguagem acadêmica, esse livro sobre racismo linguístico propõe debates com autores negros e com o pensamento anti-colonial e decolonial. É uma excelente referência para quem quer aprofundar conhecimentos sobre a criação dos negros pelos brancos através da língua. Veja reviews nos links ao lado!
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Pesquisador e professor universitário brasileiro |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2019 |
Skoob | 4,2/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | Não informado |
Páginas | 124 |
E-Book |
Escrito a partir de uma pesquisa de campo realizada pela educadora Eliane Cavalleiro, doutora em Educação, esse livro sobre racismo na escola trabalha o silenciamento do corpo docente e os tratamentos diferenciais dados para crianças brancas e negras no ambiente escolar.
Além de tratar do direito à educação, estereótipos e dificuldades de socialização, a autora traça um panorama das relações étnicas no Brasil desde a escravidão africana aos números demográficos e legislações atuais, atuando como importante referência para a formação étnico-racial de profissionais da educação.
Além disso, esse é também um livro para pais e famílias que se preocupam com a integração de seus filhos na escola ou desejam preparar seus filhos para lidar com a diversidade racial de forma respeitosa e ativamente antirracista. Acesse mais informações nos links ao lado!
Categoria | Não-ficcional |
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Autor(es) | Professora e pesquisadora brasileira |
Prêmios | |
Primeira Edição | 2000 |
Skoob | 4,6/5 |
Capa | Comum |
Dimensões | 21 x 14 cm (A x L) |
Páginas | 112 |
E-Book |
Se você é uma pessoa que se interessa por literatura e representatividade, a mybest tem outros conteúdos que vão te interessar! Confira também nossos artigos sobre os melhores livros sobre feminismo e veja indicações de leitura decoloniais e com temática LGBTQIA+. É só clicar nos links abaixo!
Os livros sobre racismo são uma oportunidade para entender as lutas históricas e diárias de uma parcela da população que não se vê representada na maior parte das narrativas ficcionais e não-ficcionais. Para escolher uma fonte confiável de informação, considere fatores como os prêmios recebidos pela obra.
Não se esqueça de avaliar também os gêneros de preferência, ano de publicação, versões disponíveis, quantidade de páginas e claro, a história do autor. Esses são critérios que podem te ajudar a selecionar uma leitura interessante e estimulante. Se gostou do conteúdo, não deixe de compartilhar!
Redação: Barbara Gonçalves / Revisão: Rafael Swoboda / Atualização: Barbara Gonçalves
1º lugar: Abdias Nascimento|O Genocídio do Negro Brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado |EDITORA PERSPECTIVA
2º lugar: Jeferson Tenório|O Avesso da Pele|COMPANHIA DAS LETRAS
3º lugar: Carolina Maria de Jesus|Quarto de Despejo|EDITORA ÁTICA
4º lugar: Djamila Ribeiro|Pequeno Manual Antirracista|COMPANHIA DAS LETRAS
5º lugar: Silvio Almeida|Racismo Estrutural|JANDAÍRA
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