Orquídea: Tipos, Como Cuidar, Como Replantar e mais

As plantas que recebem o nome de orquídea pertencem à família Orchidaceae, que conta com mais de 25.000 espécies. Sendo assim, é bem difícil conhecer todos os tipos de orquídeas que existem. Veja abaixo os gêneros mais populares de orquídeas e suas respectivas espécies:

• Orquídeas Dendrobium: o maior gênero de orquídeas, possui cerca de 1.800 espécies, como Dendrobium nobile, Dendrobium kingianum, Dendrobium chrysotoxum e Dendrobium victoria-reginae.
• Orquídeas Cattleya: com grande variedade de cores, esse gênero conta com espécies como Cattleya intermedia, Cattleya labiata, Cattleya purpurata e Cattleya luteola.
• Orquídeas Paphiopedilum: popularmente conhecida como orquídea sapatinho, esse gênero conta com as espécies Paphiopedilum leeanum, Paphiopedilum appletonianum, Paphiopedilum bellatulum e Paphiopedilum insigne.
• Orquídeas Phalaenopsis: também conhecidas como orquídeas-borboletas. Algumas espécies são: Phalaenopsis amabilis, Phalaenopsis schilleriana, Phalaenopsis violacea e Phalaenopsis equestris.
• Orquídeas Cymbidium: esse gênero nativo da Ásia e da Austrália é bastante popular no Brasil. Suas espécies mais comuns são Cymbidium canaliculatum, Cymbidium devonianum, Cymbidium aloifolium e Cymbidium dayanum.

As orquídeas são diversas, algumas espécies crescem no alto das árvores, outras se desenvolvem melhor no solo. Além disso, algumas preferem a sombra, enquanto outras se dão melhor com a luz solar direta. Mas o que todas têm em comum são as belas flores, exóticas e com cores diversas.

Quem quer cultivar orquídeas e vê-las crescerem saudáveis e bonitas, precisa saber quais os cuidados que essa planta necessita. Se você quer ter belas orquídeas em casa, acompanhe abaixo algumas dicas como a frequência de rega, o tipo de vaso e a incidência de luz que a planta prefere:

• Vaso: vasos de plástico acumulam mais a água, o que pode acabar encharcando a planta. Prefira os de barro, melhores para drenar a água.
• Adubação: para que a planta recupere os nutrientes é fundamental adubar a orquídea adequadamente. Utilize adubos que contenham nitrogênio, fósforo e potássio. Veja outras dicas no tópico sobre adubação.
• Iluminação: orquídeas gostam de sol, mas sem exageros, elas preferem o sol matinal. Portanto, o melhor lugar para deixá-las é um local de meia-sombra, a luz pode ser filtrada com uso de telas de sombreamento ou com outras plantas por perto.
• Rega: em geral, as espécies de orquídeas não gostam de muita água. Regue a cada 4 dias, ou verifique o substrato com o dedo, caso esteja seco pode aguar, se o dedo sair sujo espere mais um pouco.
• Poda: sempre corte as folhas e flores mortas bem rentes ao pseudobulbo, utilizando uma tesoura esterilizada. Após a poda, passe canela em pó nas partes expostas para cicatrizar e evitar pragas.
• Controle de pragas: orquídeas podem ser atacadas por pulgões, percevejos, cochonilhas, caracóis, lesmas e besouros. Então fique de olho nas folhas da planta! Para prevenir os ataques, uma dica é passar sabão de coco nas folhas.

Alguns cuidados podem variar conforme o tipo de orquídea, mas de modo geral, seguindo essas dicas, todos os gêneros e espécies  se desenvolverão bem. Agora que você sabe como cuidar dessa planta, com certeza suas orquídeas irão florescer saudáveis, embelezando os ambientes com suas cores.

A adubação das orquídeas pode ser feita com adubos orgânicos ou inorgânicos. O mais utilizado é o NPK, um fertilizante inorgânico composto por nitrogênio, fósforo e potássio, podendo conter ainda micronutrientes como magnésio, cálcio, enxofre, entre outros.

O adubo NPK deve ser diluído conforme as instruções da fabricante, em geral, o recomendado é diluir uma colher de café em 1 L de água. Feito isso, é só borrifar nas folhas das orquídeas e no substrato. A adubação deve ser feita uma vez por semana.

Para quem prefere utilizar adubos orgânicos, pode-se combinar o uso de farinha de ossos e torta de mamona. Sem a adubação correta, a orquídea pode ficar enfraquecida e com deficiência de nutrientes. Assim, é importante adubar principalmente as espécies cultivadas em vasos.

O melhor horário para fazer a adubação é nos momentos de sol mais fraco, ou seja, de manhã bem cedo ou no fim da tarde. E lembre-se: nunca coloque mais adubo do que o recomendado. Isso pode matar a planta, ou prejudicá-la queimando suas folhas.

As orquídeas podem ser plantadas e replantadas em vasos, cascas de árvore ou troncos de árvores vivas. Para ter um cultivo bem-sucedido, busque por espécies comuns da região onde pretende plantar. Afinal, elas se dão bem com as condições do clima. Veja abaixo dicas de como plantar orquídeas em vasos:

1. Escolha vasos mais profundos e não muito largos, de barro ou cerâmica.
2. Coloque um substrato drenável no vaso (musgo seco, fibra de coco, casca de pinus misturada com carvão ou pedriscos).
3. Complemente com substrato mais umedecido.
4. Retire a muda do vaso original e lave bem suas raízes em água corrente.
5. Acomode a orquídea no vaso de forma centralizada.
6. Se a espécie possuir hastes longas, utilize acessórios de sustentação, como arames e estacas de bambu para amarrar a planta.
7. Adube o solo deixando-o bastante fértil.

Para que o substrato não apodreça, o indicado é que a orquídea seja replantada a cada 1 ano e meio ou 2. Caso deseje mudar a planta de vaso, o período mais indicado é a primavera. Nessa época, as orquídeas se renovam e começam a florescer, ficando mais propensas a reprodução.

Para fazer muda de orquídea do gênero Phalaenopsis, o jeito é pegar um keiki (bebê) de uma orquídea já desenvolvida. Isso porque a reprodução por sementes é muito trabalhosa, sendo bem-sucedida apenas em laboratório. Veja as dicas abaixo e saiba como reproduzir sua Phalaenopsis corretamente:

• Produza as mudas a partir de uma orquídea adulta: para estimular sua orquídea a produzir os bebês que vão virar mudas, deixe-a em local um pouco mais sombreado e aumente a rega. Assim, em vez de florescer, ela produzirá os keikis.
• Corte a muda de orquídea: escolha keikis que tenham raízes com, pelo menos, um dedo de comprimento, eles têm mais força para crescer. Com uma tesoura esterilizada, corte a haste e separe o keiki da haste.
• Previna fungos e bactérias na nova muda: pingue própolis na haste da orquídea, tanto no keiki quanto na planta mãe, para evitar a entrada de microrganismos no local do corte.
• Prepare o novo vaso: prepare a drenagem do vaso utilizando isopor ou casca de pinus, por exemplo. Depois complete com substrato específico de orquídeas. 
• Coloque uma orquídea adulta no vaso: replante uma orquídea adulta e florida no vaso, ela vai ajudar a pequena muda a se desenvolver melhor. Complete com substrato de orquídeas.
• Plante a muda: utilizando musgo esfagno umedecido, faça uma base úmida para que as raízes da muda engrossem e fiquem firmes. Com cuidado, envolva a raiz do keiki com o musgo e coloque-a em um espacinho no vaso. Complete com substrato.
• Regue a nova muda: regue abundantemente a nova muda, depois escorra o vaso e seque o excesso de água dos miolos para evitar proliferação de fungos e bactérias.

Com esse passo a passo, você conseguirá reproduzir quantas mudas de orquídea quiser! Depois é só continuar com os cuidados de cultivo já citados alguns tópicos acima que sua nova muda crescerá forte, saudável e irá florescer no tempo certo.

Ter uma orquídea sempre saudável e bem cuidada não é uma tarefa tão simples. Mesmo seguindo todos os cuidados, as plantas estão sujeitas a doenças que podem prejudicá-las ou até matá-las. Mas existem formas de fazer sua florzinha ter um final feliz. Veja abaixo dicas de como salvar uma orquídea doente:

• Não corte nenhuma parte da planta: se a planta ainda tiver folhas que, mesmo danificadas, tenham partes verdes, ou hastes florais que já deram flores, não as corte! A orquídea precisará delas para fazer fotossíntese e se recuperar.
• Orquídea murcha: provavelmente ela está em um local abafado. Coloque a planta em local mais ventilado para que ela possa se recuperar.
• Partes secas e folhas enrugadas: não as corte! Regue bastante e tenha paciência observando a recuperação.
• Folhas com marcas: marcas como buracos podem ter sido feitas por pragas. Procure por lesmas e caracóis, por exemplo, e prepare uma isca para removê-los da planta.
• Folhas queimadas de sol: folhas secas que racham ao meio indicam que a planta está muito exposta ao sol. Retire-a do local ensolarado, as folhas se recuperarão sozinhas.
• Manchas nas folhas: Manchas podem indicar doença fúngica. Controle as regas até que as manchas amarelas se tornem marrons, e o problema estará solucionado.
• Orquídeas sem folhas: diversas espécies de orquídeas podem perder todas as folhas e se recuperar sozinhas. Continue a rega e adubação para que a planta possa se regenerar.

Algumas espécies de orquídeas que não possuem pseudobulbos e perdem todas as folhas podem ser mais difíceis de recuperar. Para esses casos, confira abaixo o video do canal Orquifanáticos e aprenda como fazer uma UTI para orquídea, uma técnica que salva cerca de 70% das plantas doentes e debilitadas.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre as orquídeas, que tal começar a cultivar as suas? Para isso é preciso ter os acessórios adequados. Então aproveite e clique nos links abaixo para conferir as melhores opções de vasos e adubos para orquídeas do mercado!

Aqui você viu que existem milhares de tipos de orquídeas. Com tanta diversidade, é possível encontrar várias espécies agradáveis e fazer uma verdadeira coleção! Mas é preciso seguir cuidados específicos, oferecendo adubo, iluminação, rega e poda adequados.

Com as dicas descritas aqui, com certeza você conseguirá cuidar bem de suas orquídeas, e até poderá salvá-las caso seja necessário. E se foi útil para esclarecer suas dúvidas, que tal compartilhar o artigo com outras pessoas? Assim, mais pessoas poderão se tornar novos amantes de orquídeas!

Redação: Joseane Cerqueira / Revisão: Bruna Oliveira