A introdução alimentar deve começar após os 6 meses de idade, quando o bebê apresentar todos os sinais de prontidão. Este é um processo que depende da observação familiar, visto que não existem regras claras quanto à execução e cada criança é um indivíduo diferente.
Portanto, ao longo do artigo respondemos perguntas sobre quando e como começar a introdução alimentar, o que comprar e também questões relativas ao método BLW, que está bastante em alta na atualidade. Para saber mais sobre isso, siga adiante e boa leitura!
Lorena é graduada em medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros e fez residência em pediatria no Hospital das Clínicas da UFMG. Tem como paixão promover a saúde das crianças no dia a dia, realizando o acompanhamento de rotina e levando informação de qualidade para as famílias. Além de atender crianças presencialmente e online, organiza cursos para gestantes e produz conteúdo para a internet com o objetivo de traduzir dados científicos de uma forma prática e acessível para todos. Conheça mais sobre a Dra. Lorena no Instagram, Facebook, YouTube e no site Ped com amor.
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Índice
A introdução alimentar deve começar quando o bebê tem 6 meses e apresenta todos os sinais de prontidão. Mas, tão importante quanto isso, é considerar a forma de iniciar. Infelizmente, ainda é comum ver erros quanto à oferta de alimentos na atualidade.
O cardápio ideal deve incluir frutas e a papa principal. Esta última é a refeição do almoço e não deve conter sal. Ela também precisa apresentar todos os grupos de alimentos: tubérculos, cereais, leguminosas, carnes/ovos e legumes/verduras.
Os alimentos podem ser oferecidos inteiros ou amassados, mas nunca peneirados ou triturados. É importante evitar ultraprocessados, como o “Danoninho”, devido à presença de aditivos e de açúcar, que são prejudiciais à saúde do bebê.
O primeiro sinal de que o bebê está pronto para começar a receber os alimentos sólidos é ter, no mínimo, 6 meses de vida. Antigamente, a introdução era feita mais precocemente, mas os estudos recentes defendem essa idade, em que os seguintes sinais também são observados:
Uma vez que estes sinais sejam identificados, o bebê estará pronto para começar a introdução alimentar. Desse modo, é importante aguardar a presença de todas essas habilidades para que ele experimente este momento especial da sua vida com segurança.
A sigla BLW vem de "baby-lead weaning", que em português significa "desmame guiado pelo bebê". Apesar do nome, não é necessário fazer o desmame para usar o método. O foco é incentivar o desenvolvimento da autonomia e estabelecer uma boa relação entre o bebê e a comida.
Assim, ele conduz o processo e leva o alimento à boca sozinho com a devida supervisão. É preciso ter cuidado para que a comida esteja sempre em tamanho e consistência adequados, de modo que o bebê consiga mastigar com a gengiva.
É interessante ressaltar que quando o BLW é aplicado corretamente, ele não oferece mais riscos que a introdução alimentar tradicional. Além disso, o BLW traz uma série de benefícios para as crianças, como o estímulo ao desenvolvimento psicomotor.
Não é necessário comprar muitas coisas para começar a introdução alimentar. Entre os itens que podem ser comprados estão a cadeira de alimentação, os pratos e talheres infantis e o babador. Devido à disponibilidade no mercado, cada família pode escolher o modelo que mais atende às suas preferências.
Um utensílio que não é recomendado é a redinha de alimentação. Ela impede o contato do bebê com a textura dos alimentos, não estimula a mastigação, diminui o aproveitamento de nutrientes e pode acumular bactérias, pois a limpeza do material é difícil.
Além disso, existem algumas questões quanto aos alimentos oferecidos. A preferência deve ser pelos itens “in natura” ou pouco processados, evitando sempre os ultraprocessados. O sal e o açúcar também não devem estar presentes na alimentação do bebê.
A resposta é simples: não insistir. Isso pode ser difícil para as mães, mas é preciso respeitar os sinais de saciedade da criança e compreender que isso é positivo para o estabelecimento de uma boa relação com a comida. Portanto, não é uma boa ideia forçar e punir.
Para tranquilizar um pouco as mães, é possível afirmar que até 1 ano o leite materno ainda é o principal alimento para o bebê, tanto do ponto de vista nutricional quanto calórico. Desse modo, mesmo que ele não coma muitos alimentos, ainda receberá os nutrientes que precisa.
Além disso, a baixa ingestão é esperada no início da introdução alimentar, visto que as crianças ainda estão se acostumando e entendendo o alimento. Estão aprendendo, por exemplo, como saber que a comida pode ser lavada à boca para engolir e outros objetos já presentes na rotina do bebê não podem.
Caso a mãe perceba o incômodo do bebê, com o cocô duro e dor para evacuar, é importante consultar o pediatra para avaliação. Porém, existem algumas dicas simples que podem ajudar a evitar problemas dessa natureza no início da introdução alimentar:
Além disso, é fundamental tentar diversificar a oferta de alimentos. Ainda que o bebê não aceite em um primeiro momento, é importante insistir com outras formas e em outros contextos. Depois de algumas tentativas, é comum que ele passe a aceitar.
A amamentação pode seguir em livre demanda. Ou seja, a mãe não precisa restringir o peito quando iniciar os alimentos sólidos. Inclusive, o leite materno continuará sendo a principal fonte de nutrição para o bebê até 1 ano, período em que ele ainda está aprendendo a comer.
É natural que os bebês mamem menos após começarem a comer, mas isso trata-se de um processo de transição e, como tal, demanda tempo. No caso dos bebês que usam fórmula, a mãe pode ir reduzindo a quantidade e a frequência à medida que outros alimentos forem introduzidos.
É importante ressaltar que não existe uma regra geral. Cada família deve observar aquilo que se adéqua melhor à sua rotina e respeitar o tempo da criança durante essa fase, visto que se trata de um momento de aprendizado com relação à alimentação.
Agora que você já sabe tudo a respeito da introdução alimentar, que tal conhecer algumas dicas da mybest de produtos que podem te ajudar neste processo e tornar essa fase de transição do bebê mais tranquila? Veja a seguir!
A introdução alimentar é um momento de aprendizado para os bebês. Desse modo, os pais devem enfrenta-lo com paciência e persistência, sempre oferecendo novamente alimentos que foram recusados em um primeiro momento. Isso acontece porque os bebês ainda estão aprendendo que podem leva-los à boca.
Além disso, é importante ter em mente que durante essa fase a criança vai comer mais por curiosidade do que por fome. O seu principal alimento continuará sendo o leite materno até que ela complete um ano de idade. Gostou do conteúdo? Compartilhe estas dicas com um amigo que precisa ler!
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/biblioteca/visualizar/MTQ1NQ== Acesso em: 26/06/2022.
SBP. Manual de alimentação: da infância a adolescência. SBP, 2018. Disponível em: http://www.ufrgs.br/pediatria/Repositorio/ppsca/bibliografia/nutricao/sbp-manual-de-alimentacao-2018/view. Acesso em 26/06/2022.
SBP. Alimentação complementar e o Método BLW (Baby-Led Weaning). SBP, 2017. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/19491c-GP_-_AlimCompl_-_Metodo_BLW.pdf. Acesso em 26/06/2022.