A dirofilariose é uma doença transmitida por mosquitos, vetores da doença, aos cães. Ela pode gerar o temido, “verme do coração”, que leva a sintomas como o cansaço e a tosse após atividades físicas. Apesar de bastante comum, essa doença ainda é cercada de dúvidas.
Entre elas, estão os questionamentos se o verme do coração em cães tem cura, como prevenir e se o verme do coração passa para humanos. Assim, preparamos a resposta para essas e outras perguntas no artigo para esclarecer estes aspectos. Continue a leitura e garanta a saúde do seu cãozinho!
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Para esclarecer as principais dúvidas relacionadas ao verme do coração, a mybest convidou a médica veterinária Paula Silvério. A seguir, conheça um pouco da sua trajetória profissional.
Médica Veterinária Paula Silvério (CRMV 16019)
A dirofilariose é transmitida por mais de 12 espécies de mosquitos. Eles entram em contato com a doença através da picada em animais infectados. Então, o organismo do mosquito passa a desenvolver o agente patológico e o transmite após picar um animal saudável.
Existem animais mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença, como aqueles que vivem em locais endêmicos ou ficam muito expostos aos mosquitos. Além disso, cães com a imunidade debilitada, filhotes e idosos têm maiores chances de contrair a doença.
Após cerca de 100 dias após a infecção, acontece a migração do verme para o coração. Como boa parte dos cachorros não apresenta sintomas do “verme do coração”, isso acaba contribuindo bastante para que a doença seja disseminada de forma acentuada.
O comum é encontrar cães sem quaisquer sintomas. Quando eles surgem, podem causar doenças pulmonares e cardíacas. Além disso, a doença pode estar em estado crônico e o aparecimento de sintomas está ligado à classe e à quantidade de parasitas no organismo do animal. Podemos classificá-la em três classes:
No caso da classe 1, os exames laboratoriais ou de imagem não apresentam alterações. Na classe 2, por sua vez, os sintomas são intermitentes, como a tosse decorrente do excesso de exercícios. Por fim, na classe 3, as tosses se tornam mais persistentes e têm-se outras alterações, como perda de peso.
Apesar de assustadora, a doença tem cura e tratamentos diferenciados. Os mais comuns são os terapêuticos, feitos em associação com a remoção do verme. Entretanto, em alguns casos, o animal apresenta apenas os sintomas iniciais e está em boas condições, de modo que os medicamentos são suficientes.
Por outro lado, existem alguns casos de pacientes que não podem ser tratados. A título de ilustração é possível citar aqueles que possuem muitas lesões, assim como outras doenças decorrentes da dirofilariose, fatores que trariam riscos no tratamento.
Deve-se usar medicamentos que possuem ação contra o “verme do coração”, como as avermectinas e mibemicinas. E todos os cães devem passar por ações preventivas contra a dirofilariose, principalmente nos meses de maior calor e umidade.
Nesse período, as condições estão favoráveis para o desenvolvimento da doença, por isso é importante manter a vermifugação em dia. Vale lembrar que algumas raças de cães são sensíveis a determinados princípios ativos, como é o caso com cães pastores e a invermectina. Logo, é fundamental consultar um veterinário.
Após a consulta, os protocolos estabelecidos devem ser feitos com regularidade e de acordo com o estipulado pelo médico. Ele que será responsável por fazer uma avaliação do local onde o animal vive, da epidemiologia e, claro, das condições individuais do cão.
É possível afirmar que a transmissão do verme do coração para os humanos é rara, mas pode acontecer. Em geral, ocorre quando o mosquito pica diretamente o humano, fazendo com que ele se torne um hospedeiro acidental da doença em questão.
Porém, como o ser humano é um hospedeiro acidental, nem sempre as larvas circularão pelos vasos sanguíneos. Muitas vezes, elas ficam apenas no subcutâneo da pele e formam nódulos. Além disso, elas raramente atingem a maturidade sexual.
Diferentemente dos cachorros, isso faz com que as larvas não se desenvolvam e se repliquem no corpo humano. É importante lembrar também que os cães não são capazes de transmitir a doença, já que para isso é preciso um de vetor como o mosquito.
Agora que você já conhece todos os detalhes sobre dirofilariose, que tal conferir as nossas indicações de vermífugos e planos de saúde para pet? A mybest pode te ajudar a encontrar boas opções e garantir o bem-estar do seu melhor amigo!
A dirofilariose é uma doença bastante comum devido ao seu meio de transmissão. Além disso, como boa parte dos cães infectados não manifesta sintomas, isso contribui para a sua persistência. Apesar de assustar a muitos tutores, ela possui uma cura relativamente simples e também pode ser prevenida.
A prevenção acontece através do uso de medicamentos, como alguns tipos de vermífugos. Para usá-los, é interessante consultar um médico veterinário. Gostou das informações? Compartilhe este artigo com um amigo que também precisa saber mais sobre isso!
SALGUEIRO, J.M. Dirofilariose canina. Repositório Científico Lusófona, 2016. Disponível em: https://recil.ensinolusofona.pt/bitstream/10437/7254/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Joana%20Salgueiro%20PDF.pdf Acesso em: 26/06/2022
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