Livros: 10 Chick-Lits para Conhecer a Diversidade do Gênero

Quem de nós não tem os próprios segredos? Emma Corrigan tem vários! Sua necessidade de agradar o outro é tão grande que ela teme revelar as partes de si que, talvez, não sejam tão agradáveis. 

Em um dia, voltando de uma reunião de trabalho catastrófica, uma turbulência no avião faz Emma acreditar que morrerá e, sem pensar, ela despeja suas verdades mais íntimas ao desconhecido sentado ao seu lado. 

Ao perceber que a situação não passou de um susto, ela fica mortificada, mas aliviada por saber que nunca mais o verá na vida... Até descobrir que ele, na verdade, é o misterioso dono da empresa para a qual ela trabalha. 

Sophie Kinsella é minha escritora favorita de Chick-lits! Sua narrativa é extremamente fluida e envolvente, suas personagens têm um quê de insegurança com o qual é fácil se identificar, além das histórias serem românticas e hilárias. Mistura certa entre risadas e suspiros!

No alto de seus 34 anos, Brett leva a vida com todo o conforto e segurança que poderia desejar. Porém, a morte de sua mãe acaba por abalá-la para além do luto: Brett descobre que, para ter direito à sua herança, precisará cumprir os itens de uma lista de sonhos que ela escreveu ainda adolescente. 

Ela não consegue compreender o desejo da mãe, já que a mulher que Brett se tornou não tem nada a ver com a adolescente que um dia foi. Porém, quanto mais ela avança no projeto, mais ela se questiona sobre quem verdadeiramente é. 

A Lista de Brett é um daqueles livros que carrego em meu coração! A escrita leve de Lori Nelson Spielman nos permite uma leitura gostosa e agradável, mas que não deixa de lado importantes mensagens e reflexões. 

Brett nos lembra de olhar para dentro de nós e nos mostra que nunca é tarde demais para avaliar o quanto de nós deixamos para trás.

A ideia de Tiffy e Leon dividirem um apartamento, mesmo sem se conhecerem, pareceu boa. Afinal, eles usariam o lugar em horários alternados, sem nunca se encontrarem. Ela precisava urgentemente sair da casa do ex-namorado; ele, de alguém para dividir as contas. 

Quando eles começam a se comunicar por post-its e bilhetes diversos espalhados pela casa, o arranjo, de repente, parece trazer um novo benefício: uma amizade inesperada — e talvez algo a mais. Eu amei como Beth O'Leary me fisgou desde a primeira página. 

Tiffy e Leon são cativantes, especialmente por serem personagens fora dos padrões. Os diálogos entre eles dão a diversão certa para a leitura e o romance é daqueles de aquecer o coração. 

O livro, ainda, tem o adicional de falar sobre o tema relevante dos relacionamentos abusivos. Assim, é fácil entender por que Teto Para Dois está sendo tão comentado entre os leitores de romances!

Sol Leão é uma famosa YouTuber que acabou de ultrapassar seus 6 milhões de seguidores. Ela é responsável por milhares de garotas terem passado pelo processo de transição capilar, se aceitando como são. 

A questão é que a vida da própria Sol não é exatamente aquilo que ela demonstra em suas redes. Quando ela conhece Júpiter, um rapaz tranquilo e apaixonante, ela começa a questionar o preço das aparências de uma vida perfeita. 

Sol em Júpiter foi um daqueles livros que li em poucas horas, incapaz de interromper a leitura. Lola Salgado tem uma escrita fluida e divertidíssima, o que dá o tom certo de leveza para a história, mesmo ao falar de temas importantes. 

Embora o romance seja importante na história — e seja daqueles de causar arrepios e frio na barriga —, a questão central é o amadurecimento de Sol e sua libertação: de amarras do passado, de uma imagem a qual ela se vê presa.

Aliança de Casamento traz os melhores clichês do gênero! O romance de conveniência começa com Alexa e Drew ficando presos no elevador de um hotel e ele a convidando para acompanhá-lo no casamento de sua ex-namorada com seu ex-melhor amigo. 

A partir daí, a relação passa a ser real, dificultada pela distância entre eles. A química entre Alexa e Drew é enorme, sentida também pelo leitor. O casal passa pelas típicas dúvidas iniciais de um relacionamento, sem saberem exatamente o que o outro sente, mas desejosos o suficiente de continuarem. 

Como as narrativas são intercaladas entre os dois pontos de vista, nós temos o benefício de saber o que cada um pensa e o quanto seus receios os atrapalham. 

Além do romance em si ser apaixonante, é ótimo o fato de Alexa ser negra, o que traz para o livro, também, as questões raciais pelas quais ela passa.

Amor Verdadeiro na Livraria dos Corações Solitários é o segundo livro da série A Livraria dos Corações Solitários. Como cada volume traz a história de um diferente personagem, os livros podem ser lidos separadamente. 

A introversão de Verity faz com que ela esteja muito satisfeita com sua solteirice, e seu namorado fictício a mantém longe dos eventos sociais indesejados. Porém, um mal-entendido a força a apresentar Johnny, um desconhecido, como seu novo namorado. 

O que faz desse um dos meus livros favoritos da série não é apenas a escrita divertida de Annie Darling, mas a forma como ela desenvolve a relação do casal. Eles começam como amigos e, pouco a pouco, vão se tornando algo a mais. 

Verity também passa por um processo de entender melhor quem é, o que gostei muito na leitura. O adicional: ela é fã de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, e a obra é bastante presente na história.

Eleanor trabalha há dez anos no mesmo cargo, segue sua rotina com rigor e não se incomoda de levar uma vida solitária. Ela não tem habilidades sociais e, por vezes, é ridicularizada por seu jeito de ser. A vida, previsível assim, é confortável para ela. 

Contudo, ao acabar salvando um senhor ao lado de um funcionário da mesma empresa onde ela trabalha, seu isolamento social começa a se modificar, transformando, também, quem ela é. 

Eleanor Oliphant Está Muito Bem foi um daqueles livros em que eu quis abraçar a protagonista. A narrativa leve e despreocupada ameniza a história que está, de fato, sendo contada. Mas, quando tudo vem à tona, sentimos o soco no estômago com ainda mais intensidade. 

Eleanor é, certamente, a protagonista de sua história e nos faz refletir sobre o quanto traumas do passado podem nos limitar. Sua força e coragem são inspiradoras!

Olivia Liveretti é uma blogueira em decadência, desde que passou por um episódio constrangedor — que viralizou nas redes sociais. Seu engajamento com os fãs não tem sido o mesmo desde então, e tudo parece desmoronar ainda mais quando ela descobre que sua loja preferida, a responsável por tê-la feito uma blogueira, está prestes a ser demolida. 

Foi impossível não rir alto com a leitura de Romance Concreto. Aimee Oliveira tem um jeito único e divertido de narrar, especialmente por caprichar no tom de "rir da própria desgraça". 

Por detrás da diversão, existe o retrato bastante real do quanto somos movidos por curtidas e pela vida virtual, e o quanto isso pode nos afetar. 

O livro também não dispensa um ótimo romance, fazendo de Jonas um dos mocinhos mais encantadores que conheci nos últimos tempos.

Um prédio abriga diferentes moradores, cada qual com seus próprios conflitos. Permeando os apartamentos, temos um espírito, que está ali para transformar uma vida. 

Esse toque místico faz com que a leitura de A Estrela Mais Brilhante do Céu seja mais intrigante, já que a todo momento queremos saber o que seria esse ser e o que ele pretende. Para além da fantasia, temos vidas muito reais, retratadas pelo jeito característico de Marian Keyes. 

A história se desenvolve aos poucos, com um tom bem-humorado típico da autora. Pouco a pouco vai revelando conflitos mais profundos, o que traz uma reviravolta para a história, não apenas em termos de eventos, mas também de emoções. 

Essa é uma história de superação, sobre mulheres lutando contra diferentes tipos de violência. Acima de tudo, é uma história de esperança, capaz de provocar lágrimas e sorrisos!

Para fugir de um relacionamento tóxico, buscando um recomeço, Posy se muda para um pequeno apartamento na Cornualha. Ela dedica toda sua atenção a fazer os pães que ama e, pouco a pouco, seu hobby a leva além. 

A Padaria dos Finais Felizes é daqueles livros reconfortantes: o tom leve e divertido nos acolhe, como um cheiro quentinho de pão sendo assado. 

É delicioso — literalmente — acompanhar o recomeço de Posy e sua relação com a culinária, o que também nos deixa com água na boca. 

A obra de Jenny Colgan também não dispensa passagens mais sensíveis e, de certa forma, melancólicas, apesar da narrativa bem-humorada. É uma leitura ideal para um dia tranquilo, que pede um romance capaz de distrair e aquecer o coração.